segunda-feira, 23 de abril de 2012

Atriz perde biquíni no mar



Digamos que você fosse editor ou editora de um portal de internet, noticiário de televisão, revista ou jornal. Sua principal função é selecionar os assuntos que serão levantados e veiculados. Suponhamos também que você adotasse a tática de separar as notícias possíveis em duas grandes gavetas imaginárias: notícias importantes e notícias desimportantes. E que, dentro destas gavetas, você ainda fizesse a subdivisão entre notícias divertidas, notícias sérias e notícias tristes.

A descoberta da cura de uma doença seria uma notícia importante e séria, sem dúvida. O final de um campeonato, notícia desimportante e divertida. A reeleição de um político comprovadamente corrupto, notícia importante e triste. A morte de uma celebridade, notícia desimportante e triste.

Antes que meu argumento se perca por causa de uma premissa inválida, ressalto que o significado de notícia não é passível de adjetivação. Notícia é notícia e ponto final. O grau de importância é relativo para cada pessoa, para cada público. O que é relevante para um grupo de pessoas pode ser completamente inútil para outro. As gavetas imaginárias da minha hipótese são falácias no jornalismo real.

Porém, minha tese conta com o bom senso coletivo de que notícias que podem mudar os rumos da humanidade, de uma nação ou até mesmo de um município sejam consideradas mais relevantes do que chamadas simplesmente polêmicas, ou engraçadas, e que se desintegrarão junto com os papéis dos jornais. É intuitivo considerar fatos que afetam a vida das pessoas de maneira sólida e duradoura como prioritários em relação a eventos que podem chamar muita atenção agora, mas que amanhã estarão esquecidos não só pela mídia, mas também por mim e por você.

Se esta teoria estivesse correta – e se de fato você fosse editor ou editora de um espaço de notícias –, acredito que cem entre cem pessoas (eu inclusive) selecionariam praticamente todas as notícias da gaveta “importantes” e aproveitariam da gaveta “desimportantes” apenas as notícias realmente divertidas, ou as profundamente tristes (ou seja, os fatos que, apesar de irrelevantes para a maioria das pessoas, têm ao menos um bom potencial emocional). Racionalmente, o noticiário teria tudo para ser um sucesso. Teoricamente, a audiência teria tudo para explodir. Na prática, a coisa não é bem assim.

Na manhã desta segunda-feira acessei o site UOL, que se vende publicitariamente como o portal com o melhor conteúdo da internet brasileira, e vi o seguinte ranking de notícias mais lidas:

1. Panicat muda o visual e raspa a cabeça ao vivo 
2. Minha filha é absolutamente normal, diz Justus 
3. Filho do cantor Leonardo teve parada cardíaca 
4. Grazi revela desejos antes de ter primeira filha 
5. Após protótipos, Ford apresenta novo Ecosport

Pela minha classificação, as mais lidas do UOL ficariam assim:

1. Desimportante e divertida 
2. Desimportante e séria 
3. Desimportante e triste 
4. Desimportante e divertida 
5. Desimportante e séria

Não condeno de forma alguma a busca de informação com finalidade de puro entretenimento. Sou extremo defensor de que, para uma criança ou adolescente adquirir o hábito da leitura, por exemplo, é preciso começar por temas que atraiam sua curiosidade, por mais idiotas que pareçam, por mais duvidosa que seja a qualidade do autor.
No caso do UOL, antes de prestar atenção ao ranking, eu mesmo havia passado os olhos pelas três primeiras notícias, e, de fato, tinha clicado na chamada sobre a filha do Roberto Justus, uma criança que sofre uma especulação cruel da imprensa por ter feições similares às de algumas síndromes genéticas e que, por razões óbvias, chama a minha atenção.

O que me impressionou é que não apenas eu, mas também provavelmente alguns milhares de brasileiros (não tenho a menor ideia de quantas pessoas acessam um grande portal ao dia) estavam investindo o seu tempo em cinco temas que em poucas semanas terão se dissolvido no ar. Estávamos nos dedicando a assuntos que preencherão eventuais silêncios no elevador, ou conversas na mesa do bar, mas que, no fundo, não levarão nenhum de nós a lugar algum. Não acrescentam nada a ninguém.

Senti uma vergonha interior, como se meu intelecto repudiasse o fato de meus olhos se renderem quase sem resistência a qualquer chamada mais polêmica, ou quente, ou simplesmente engraçada, sem filtrar de forma competente o que realmente vale a pena ver. Meu lado esquerdo do cérebro sentiu desgosto ao flagar o lado direito se divertindo com leviandades, esbaldando-se hedonicamente com lançamentos de produtos de que não preciso, matérias sobre assassinatos macabros nas periferias ou com descrições detalhadas – e absolutamente descartáveis – do dia-a-dia das celebridades.

Não vou levantar a bandeira do cidadão politizado, do ser consciente, do intelectual bem informado ou do consumidor inteligente que eu gostaria de ser. A boa informação existe por todos os lados e está disponível para quem quiser se alimentar dela. Assim como os lixões que se avolumam nas cidades, a imprensa também produz uma quantidade inacreditável de informação inútil, antiética, incorreta ou simplesmente irrelevante para a maioria das pessoas. Podemos não ser editores de jornal. Podemos não fazer noticiário de TV. Mas devemos editar a bobajada. E investir um pouco mais de tempo em notícias que realmente valem a pena ver, ouvir ou ler.

OBS: Quanto ao título do texto, a notícia é verdadeira, é sobre uma figurante do Zorra Total, foi veiculada em 2007 e está aqui, para quem quiser comprovar e tiver tempo a perder: Atriz da Globo perde biquíni no mar

28 comentários:

  1. Meu, este texto vem ao encontro da minha atual (e talvez precoce) saturação com o Facebook. Vejo-me, às vezes, perdendo um tempo, lendo 60 posts, imaginando que "estou por dentro" (bem entre aspas) do que está acontecendo com meus "amigos" (hahaha), frustrado com o fato de que estes 60 posts foram inseridos, no máximo há 1 hora. Eu perdi um precioso tempo para saber o que de pouco importante aconteceu há pouco tempo de pessoas nem tão importantes. Estou perdido no Facebook como em uma grande avenida, onde acontece tudo e nada ao mesmo tempo. Não sei onde isso vai parar... ou aprendo a usá-lo, ou suicido meu perfil, ou seu Zuckerberg perdeu a mão do foco mesmo...Bem, na verdade, como você mesmo disse no texto, existirá (e cada vez mais em progressão geométrica) o caos da informação e nós teremos que cada vez mais fazer a curadoria de tudo isso que nos cerca... para que a gente realmente forme um conhecimento de alguma matéria nesta vida. Só acho isso difícil para você meu amigo, operário da criatividade, onde a edição, às vezes, pode podar uma ideia... Ab! Da Vila

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    1. Adoro que Da Vila, assim como eu, corre pra ler o post da semana e pra comentar!! ;)

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    2. Da Vila e Manu, eu (e não apenas eu) também corro para ver se vocês já comentaram. rs. Da Vila, meu Facebook é uma verdadeira bagunça, mas raramente me irrito. Não gosto apenas quando o comentário é preconceituoso, dá preguiça. Quanto ao filtro, mesmo para quem trabalha com criatividade é fundamental. Tira-se pouco de lixo. Talvez apenas um lixo reciclado. Ao se informar sem filtros, pode-se até ter ideias de campanhas que dão certo comercialmente (Michel Teló na Fiat, por exemplo), mas certamente são duvidáveis criativamente. Abraço

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  2. Fabinho, sempre achei que a verdadeira inteligência é saber conversar com todo tipo de gente. Tenho tentado.
    1) Se eu não ler a noticia da panicat, o que terei pra conversar com minha manicure sexta-feira?
    2) Se eu não ler sobre a filha do Justus, como irei debater a temática das pessoas serem babacas e sobre uma possivel síndrome genéica que só diz respeito à familia ser motivo de piadinhas no twitter?
    3) Se eu não ler sobre o filho do Leonardo, o que eu vou conversar com... com... Ah!! Já sei! Com o Toninho Pop (apresentador do Balanço Geral ) que corre na mesma hora qu eu no parque.
    4) Se eu não ler sobre a Grazi, como vou poder ... ... cri... cri... cri... Ah... Essa não sei mesmo...
    5) Se eu não ler sobre o novo Ecosport, minhas conversas com o universo masculino do ambiente de trabalho serão limitadas apenas a planilhas de obras, à derrota do Flamengo e à luta do J Jones no sábado passado ?????????
    P.S: Você leu no Ego que a Solange Gomes ficou com o ex BBB no Carnaval fora de época?

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    1. Hahahahahahhahahahahhahhahah
      O que é a obs final, minha gente??!!! Muito bom!
      Bjos, Fernanda Ludwig

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    2. Manu, hahahahahahhahahahahahahahahhaha, não havia lido a notícia sobre a Solange Gomes (quem é??!!), mas vou correr atrás e me informar. Acho sua defesa para o consumo irrestrito de notícias "desimportantes" completamente aceitável e vou usar o mesmo padrão de resposta quando for flagrado folheando a Contigo. Tenho que confessar que eu só não me interessei pela notícia da Grazi. Todas as outras me chamaram atenção. bj

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    3. Não tenho a minima idéia de quem seja Solange Gomes. Vi a chamada na globo.com (ok... ok... assumo minha ignorância).
      Ah! Antes que eu sofra bullying: venho, por meio desta, esclarecer que apesar de falar bobagens em niveis estratosféricos, sou assinante da revista Carta Capital.
      ;)

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    4. Espero apenas que você não deixe de contribuir com bobagens por aqui. Alguém precisa rir. Este blog anda muito sério. Ando meio sério mesmo. Preciso levantar o astral por aqui.

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    5. Opa! Essa eu sei! A Solange Gomes (não sei defini-la) colocou o ex-pagodeiro (ex-bebum e atual pastor) Waguinho na cadeia por não ter pago pensão alimentícia ao filho que eles fizeram numa única noite (vai vendo!). Não sei se rio por saber quem é essa fulana ou se choro de dó da criança!
      Beijo aos dois.

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    6. Adoro que o blog do atual publicitário e futuro Pulitzer também tem espaço para este "chat" esclarecedor!!! Sensacional, Ká! Beijão
      A propósito: viajei com Waguinho e a esposa para o Rio um dia desses. Ela usa um camisolão estranho ( é seguidora de uma seita de um pastor famoso).

      http://www.youtube.com/watch?v=8eevAYTy7T4

      ( Meu Deussss!!!!! Eu sou BI ZAR RA!! Atenção para a parte do vídeo em que a pastora diz que Waguinho era pagodeiro e virou homem de Deus)

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    7. A pergunta que não quer calar: quem é Waguinho? rs

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  3. Enquanto isso, em Brasília, dezenove horas...
    Aumentam-se salários de parlamentares, magistrados, de tudo quanto é servidor já endinheirado, às nossas custas, claro.
    Ou seja, toda essa babaquice, essa nulidade de coisas que infestam a mídia formam cortina de fumaça para a podridão sabida e aos poucos trazida à luz.

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    1. Celso, sabe que moro em Brasília e a população daqui é uma das mais politizadas e conscientes (até mesmo por estar tão próxima dos ratos)? Quando saí de SP e voltei a Brasília, reencontrei muitos amigos que discutem política na mesa de bar, um cenário bem diferente de SP. Apenas um desabafo à injusta associação da cidade à corrupção. Aqui é apenas o ponto de encontro, mas certamente não é a origem de toda a sujeirada. O Brasil está podre como um todo. Cabe a nós, cidadãos, buscarmos um pouco de informação fora da mídia de massa e sair da caverna. Tenho certaza absoluta que você faz parte deste valioso grupo. Grande abraço

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  4. Fabinho,
    Como disse na semana passada, tem slogans que marcam nossas vidas. Desde que me conheço por gente ouço o noticiário da CBN quando estou indo ao trabalho. No trágico dia 11 de setembro, indo ao trabalho, ouvi o slogan da CBN: DE MEIA EM MEIA HORA AS NOTÍCIAS QUE PODEM MUDAR O SEU DIA. Logo em seguida a informação de que m avião havia atingido ma das torres. Foi uma notícia que mudou o meu dia, aliás parou o meu dia. E do mundo inteiro. Realmente hoje temos poucos filtros de importância e seriedade em nossa imprensa. E mais do que isso, temos as redes sociais para nos entupir de informações medíocres. Foi assim com o Orkut e agora com o Facebook. Resisti o máximo que pude, mas de tanto insistirem minha esposa acabou criando uma conta para nós dois. Hoje tenho vontade de dar um murro na cara dessas pessoas que tanto insistiram, pois são justamente essas que passam o dia inteiro postando besteiras e piadinhas. Hoje mesmo, foi um inferno o tanto de post com piadinhas sobre os times desclassificados. É incrível como o brasileiro se preocupa, se diverte com a desgraça do próximo, no caso do futebol vejo as pessoas tendo verdadeiros orgasmos quando o adversário perde um jogo importante. Comemoram mais do que se ganhassem o titulo! Enfim, as notícias hoje em dia mais nos irritam do que nos alimentam. Abraços e uma boa semana. Reinaldo Saucedo.

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    1. Reinaldo, vejo que há um monte de gente um pouco incomodadas com a perda de tempo que as redes sociais estimulam. Entendo. Confesso que tolero bem, me divirto. E acabo encontrando um tempo para ler as coisas que me interesso e julgo relevantes. O negócio é pular fora do que não funciona pra você. Eu sou bem pragmático neste ponto. Exemplo, não uso twitter pra quase nada. Mal entro lá. Abraço

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  5. Fabio, não sei se posso me considerar uma pessoa capacitada p/ comentar esse seu texto, mas mesmo assim vou arriscar. Será que nesse mundo de informações, a coisa não funciona mais ou menos como num shopping? Tem que ter Loja Marisa e tb M. Officer, Magazine Luiza e tb Fast Shop, ou seja, tem que ter artigos p/ td tipo de pessoa, da dona de casa, ao executivo, do estudante ao empresário, e por aí vai... Quanto às redes sociais, eu acho que ela pode ser comparada à TV. Quando um programa não nos agrada, a gente muda de canal, então se alguém nos incomoda postando coisas que não nos interessa, basta oculta, bloquear, excluir e ponto. Simples assim!!!

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    1. Cléo, vc tem toda a razão. A imprensa produz material para todo tipo de público, cabe a cada um escolher. Minha esperança é que exista um equilíbrio melhor entre escolhas importantes e desimportantes. É difícil irmos pra frente quando um povo não sabe nada de ciência, de política, de economia, mas é expert no seu time e no BBB. Assim seremos sempre o país do futebol e da bunda.

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  6. Fábio, meu caro, tudo isso tem a ver com a nossa forma de encarar a vida, em pensarmos apenas no meio, esquecendo o fim. O que é fácil, o que é rápido, o que não nos exige, é bem mais gostoso. Acelerar numa avenida porque você precisa chegar mais rápido e que se dane aquele outro. Comer pizza é mais gostoso que uma sopa de legumes (o se é!). Ler fofoca é simples e todo mundo "like" meu post. Qual é o fim? Que fim queremos? Não sou contra a cervejinha de sexta-feira. Nem ao tchu tcha tchu tchu tcha do Neymar. Mas quero colher melhores frutos. Tudo é uma questão de se acostumar. Parabéns pelo delicioso e nutritivo texto. Me lembrou brócolis. Rafa.

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    1. "Me lembrou brócolis", hahahahahahah. Penso exatamente como você. Diversão sim. Um pouco de seriedade também. Abraço, meu velho.

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  7. Meu caro, eu comento este post como um declarado viciado nessa coisa toda de consumo de informações em massa!

    Eu consumo e uso redes sociais. Eu leio notícias o dia todo (estando empregado ou desempregado).

    Neste tema meu ponto de vista cai sempre sobre o que tenho dito que falta ao mundo ultimamente: bom senso e filtro! Fico "triste" (não sei exatamente se esta é a palavra correta para expressar o sentimento) pelo fato dos meios de comunicação darem prioridade a notícias de conteúdo descartável, digamos assim. Mas o fato é que no final do dia, o que acredito que deveria acontecer mesmo é nós termos algum senso crítico. Mesmo que nos deixemos consumir informações irrelevantes, até com algum prazer, que tenhamos a capacidade de consumir ainda mais informações relevantes (curiosidade e diversão também são itens que merecem ser levados em consideração).

    Mais ainda. Que mesmo para informações relevantes ou irrelevantes, que tenhamos filtros para saber exatamente o que levar ou o que não levar em consideração.

    Tive essa conversa com alguns amigos há algum tempo. Era um texto sobre os investimentos na saúde dos governos Lula/Dilma. Cheio de informação importante. Mas o texto falava o tempo todo sobre como os investimentos tinham crescido e o quanto tinham sido baixos no governo FHC. Informações importantes, relevantes, mas importante ter filtro para sacar o viés político todo da coisa.

    Enfim... Triste termos tanto foco em coisa inútil! Mas que ao mesmo tempo eduquemos nosso povo para filtrar o que lê e que tenham bom senso para que saibam o que priorizar nas leituras. Mas acredito que em tempos de disseminação de informação na velocidade da luz, normal que o cardápio de opções seja cada vez mais variado. (Ufa...acabei!)

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    1. Doca, o cardápio sempre será variado. E acho que uma boa dose de besteira não faz mal a ninguém, como você mesmo deve concordar. Acredito que estou rodeado de pessoas bem informadas como você, que conseguem fazer um filtro muito bom, criar um equilíbrio bom entre diversão e informação. Como falei, foi uma auto-crítica, o pau comendo no mundo todo e eu pesquisando a modelo que raspou a cabeça. É claro que tenho esse direito. E é claro que isso não incomoda ninguém. Meu ponto é que cada um se autopolicie para se atualizar dos fatos e criar opiniões sobre assuntos importantes também. Grande abraço.

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  8. Filho,

    Relevante reflexão. Exceções à parte, a mídia atual mais desinforma do que informa. Temos de ir à luta se quisermos encontrar análises fundamentadas do que realmente se passa neste mundo. Tarefa difícil, pois a fonte é pequena.

    Se a midia escrita e falada mudasse, o povo aprenderia a apreciar... Por exemplo, lembro quando ia às terças-feiras ouvir e aprender música clássica no Teatro Nacional de Brasília. Neste dia, a entrada era, não sei se continua, gratuita. Via muitas, muitas pessoas, com sacola de supermercado na mão, assistindo, atenciosas e enlevadas. Vem a minha mente também o esforço de um cobrador de ônibus aí em Brasília que possui uma pequena biblioteca ambulante, no ônibus ! Empresta livros para quem se interessar. Sabem como eu soube desses exemplos ? Pela boa mídia. Por matérias bem feitas e que ajudam aos nossos semelhantes. As pessoas se acostumam com o que é ruim, descartável, inclusive, pela falta de oportunidade.

    Lembro agora daquele lema de que tem que se dar o anzol e ensinar a pescar. Como vai-se aprender aquilo que nâo se vê ! Informação com orientação é essencial. Seria uma mão firme ajudando as pessoas a crescer.

    Lembro também de dois amigos jornalistas. Por casualidade os dois entendem de música e informam-nos muito bem sobre este assunto. O primeiro, Flávio Mattos, tem um excelente programa de jazz na Rádio Senado, o outro, Rosualdo Rodrigues,escreve sobre música no Correio Brasiliense. Os comentários deles nos enriquecem e nos abrem portas para várias modalidades musicais.

    Assim...se cada um fizesse a sua parte...bem feitinha...

    Seria tão bom, não é ?


    Beijos

    Mãe

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    1. Mãe, acho que temos a sorte de estarmos rodeados de pessoas que fazem a sua parte bem feita. Porém, no próprio Facebook acabei de ler um comentário de um (suponho) jornalista dizendo que achou o texto bobagem. Que se a pessoa não quiser ler bobagem, que não clique na notícia. E que se um dia este tipo de notícia para de render cliques, eles param de fazer notícias irrelevantes. // Ele está no direito dele de fazer jornalismo. E certamente há público para tudo. Mas a postura (não fazer questão de produzir jornalismo de qualidade, simplesmente fazer o jornalismo que vende) tem um impacto a longo prazo muito ruim, na minha opinião. Fazer o quê? Cada um tem o direito de ser o que quiser ser... bj pra vc.

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  9. Autoelogio: mas esta área aqui ficou muuuuito melhor com a opção "Responder" logo abaixo dos comentários, não é mesmo? :)

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    1. Epa, epa, epa! Quero créditos aí porque tenho participação nisso! Hahahahahaa...

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    2. Sim, sim. Pessoal: créditos para Karla Garcia Luiz. rs

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  10. Fábio, vc, como sempre, genial em seu texto. Concordo em gênero, número e grau contigo! Entretanto, de todas as notícias que vc citou, só me preocupa uma: a do Justus. Torço pra que eles encarem bem a síndrome da filha, que possam informar e, consequentemente, ajudar outras famílias.

    Beijo... e o Tom Tom tá bem?

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    1. Ká, me parece até que eles encaram bem, mas a imprensa realmente não deixa a criança em paz. Deve ser duro. // Tom Tom estava bem até ontem, quando reapareceu uma febre. Estamos cuidando. E rezando para não ser necessária nova internação. bj

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